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Álvaro Delgado

Esquerdista Yamandú Orsi, candidato de Pepe Mujica, vence o segundo turno das eleições presidenciais uruguaias e comandará o Uruguai até 2030

Presidente-eleito Yamandú Orsi | Intendencia de Montevideo (CC)MONTEVIDEO, 24 de novembro — O candidato esquerdista Yamandú Orsi (57), da "Frente Ampla" uruguaia, que inclui partidos como o Partido Comunista do Uruguai, o Partido Socialista, o Movimento de Participação Popular e o Movimento de Libertação Nacional (grupo guerrilheiro Tupamaros), foi confirmado em todas as projeções locais como o vencedor do segundo turno das eleições presidenciais do Uruguai e deverá comandar o país de março de 2025 até 29 de fevereiro de 2030.

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Presidente-eleito Yamandú Orsi | Intendencia de Montevideo (CC)

MONTEVIDEO, 24 de novembro — O candidato esquerdista Yamandú Orsi (57), da "Frente Ampla" uruguaia, que inclui partidos como o Partido Comunista do Uruguai, o Partido Socialista, o Movimento de Participação Popular e o Movimento de Libertação Nacional (grupo guerrilheiro Tupamaros), foi confirmado em todas as projeções locais como o vencedor do segundo turno das eleições presidenciais do Uruguai e deverá comandar o país de março de 2025 até 29 de fevereiro de 2030.

O novo presidente, que já recebeu telefonemas de congratulações de seu concorrente de centro-direita, Álvaro Delgado, e do atual presidente uruguaio, Luis Lacalle Pou, lidera a principal pesquisa de boca de urna do país com 49,0% dos votos, contra 46,6% de Delgado.

Postagem do presidente uruguaio Luis Lacalle Pou

Orsi, ex-professor de história e atual prefeito de Canelones, já havia liderado o primeiro turno com 43,7% dos votos, contra 26,9% de seu adversário Álvaro Delgado, do Partido Nacional. Ele contou com o apoio do ex-presidente esquerdista José 'Pepe' Mujica, enquanto Delgado teve o respaldo do atual presidente Luis Lacalle Pou (muito bem avaliado), que não pôde disputar devido à proibição de reeleições no sistema eleitoral uruguaio.

A Frente Ampla esquerdista, que governou o Uruguai de 2005 a 2020, deverá, em linha com seu histórico, retomar uma aliança política automática com líderes de esquerda na região, como o presidente Lula, enquanto possivelmente adotará um distanciamento pragmático de Milei.

No que tange à Venezuela, embora ambos os candidatos tenham denominado o regime de "ditadura" e condenado as últimas 'eleições' venezuelanas durante a campanha eleitoral, o presidente-eleito Orsi disputou pelo partido Frente Ampla, que reúne em sua composição diversos partidos alinhados e até ligados a Maduro.

Publicamente, para o Partido Comunista uruguaio, as 'eleições' venezuelanas foram "legítimas", "estupendas" e cheia de "garantias". Para a antiga guerrilha Tupamaros (partido Movimento de Libertação Nacional), o 'pleito' venezuelano foi um "ato eleitoral EXEMPLAR".

Cumprindo o protocolo diplomático e político, Orsi deverá receber felicitações de diversos líderes mundiais nas próximas horas.

Detalhes pessoais de Orsi: O presidente-eleito uruguaio nasceu na cidade rural de Santa Rosa, é filho de trabalhadores agrícolas, se define como agnóstico, é casado, tem dois filhos gêmeos, diz que seu interesse por política veio do amor por músicas dos anos 70 e 80, e tem Pepe Mujica e Marcos Carámbula, um antigo político local de Canelones, como seus dois mentores.


(Matéria em atualização)

Fonte: O Apolo Brasil

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