Eu nunca pensei que viveria para ver Caxias mergulhada no caos novamente. Mas a verdade é que, enquanto tivermos um comandante de batalhão submisso ao prefeito e não houver uma troca urgente no comando da polícia, essa cidade continuará sendo uma terra sem lei. Quem vive aqui sabe do que estou falando. A criminalidade disparou, a população está refém e os responsáveis pela segurança pública fingem que nada está acontecendo.
A história não mente. Em 2013, os empresários, militares e delegados tiveram que se unir para exigir um comandante que tivesse pulso firme. E quando esse comandante veio, a cidade voltou a ter paz. Ele deu suporte, apoio e força para os policiais que estavam na linha de frente, nas ruas, enfrentando o crime de verdade. O que temos hoje? O oposto disso. A omissão e a incompetência tomaram conta, e a consequência está aí: assaltos, homicídios, arrombamentos e o medo dominando as ruas.
E para piorar, querem me calar! Mas eu não sou de me esconder. Sei muito bem que estão cavando situações das eleições municipais para tentar me intimidar. Mas aviso logo: não adianta! Eu não vou me calar, doa a quem doer.
A segurança pública de Caxias está um verdadeiro desastre. A criminalidade avança sem freios, e isso só acontece porque quem deveria combater o crime não tem coragem, não tem pulso e, pior, não tem ideia do que fazer. Em 32 anos de trabalho duro como policial, nunca vi uma situação tão crítica como essa. Lojas arrombadas, empresários no prejuízo, comerciantes perdendo tudo. E ninguém faz nada!
E o pior de tudo? Nossos irmãos de farda estão sendo executados e tratados como números. Ainda estou de luto por aqueles que tombaram vítimas da criminalidade desenfreada nesta cidade. O Sargento Lima, executado no povoado Brejinho. O Sargento Dário, morto covardemente durante uma tentativa de assalto no Eugênio Coutinho. O Capitão Jeremias, assassinado em sua própria chácara. O Sargento Leão, morto no Morro do Cruzeiro no Dia dos Pais. Sem contar os vários policiais que vivem sob ameaça, sendo assaltados e perseguidos por criminosos que já não têm medo algum de agir.
E os governantes? Brincando com a segurança pública. O prefeito finge que governa, enquanto a cidade afunda na violência. O comandante do batalhão segue a cartilha política ao invés de agir como polícia de verdade. Querem esperar uma tragédia ainda maior para fazer alguma coisa?
A paciência do povo tem limite. Se não houver uma mudança radical na segurança de Caxias, essa cidade vai continuar sendo um campo de guerra, onde o crime comanda e os cidadãos de bem pagam o preço. E eu, Paulo Abade, digo e repito: enquanto o batalhão estiver sendo controlado pelo ex-prefeito , Caxias continuará sendo terra sem lei!
