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Crise na Base Governista

Indicações de Gentil Neto Provocam Revolta entre Presidentes de Partidos e Aliados

O governo de Gentil Neto, recém-eleito, enfrenta seu primeiro grande teste político

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Gentil Neto

O governo de Gentil Neto, recém-eleito, enfrenta seu primeiro grande teste político. As recentes indicações para cargos do alto escalão municipal têm gerado insatisfação generalizada entre líderes partidários e aliados. Acusações de favorecimento, promessas não cumpridas e falta de diálogo apontam para uma crise de confiança dentro do grupo situacionista, com potencial de comprometer a governabilidade antes mesmo do início efetivo da gestão.

Entre os partidos da base aliada, o Progressistas (PP) desponta como o maior beneficiado. Detentor de 14 cargos estratégicos no governo, o partido ocupou posições de destaque, deixando outros aliados de mãos vazias. Confira os principais indicados do PP:

  • Administração, Finanças, Planejamento e Gestão Fazendária: Sob comando de Othon, presidente municipal do PP, que ganha status de "supersecretário" por chefiar uma das pastas mais estratégicas;
  • SAAE (Serviço Autônomo de Água e Esgoto): Liderado por Evimar Barbosa, ex-candidato a prefeito pelo PP em Nina Rodrigues;
  • Secretaria de Educação: Adenilson Dias;
  • Secretaria de Comunicação: Marcela Ramos;
  • Direitos Humanos e Políticas para Mulheres: Ana Lúcia Ximenes;
  • Desenvolvimento Econômico e Empreendedorismo: Constantino Castro;
  • Proteção Social, Pessoa Idosa e Primeira Infância: Adriana Raquel, mãe de Gentil Neto;
  • Trabalho: Labibe Simão, sobrinha de Fause Simão;
  • Juventude: Ângela Machado;
  • Limpeza Pública: Fause Simão;
  • CaxiasPrev: Breno Leitão, que foi mantido no cargo;
  • Governo e Relacionamento Institucional: Arthur Quirino;
  • Atividades Produtiva e Inspeção Animal: Luciana Soares;
  • Procurador Geral: James Lobo.

O Solidariedade, segundo partido mais privilegiado, garantiu três secretarias:

  • Cultura, sob Maciel, que permanece no cargo;
  • Trânsito, Transporte e Mobilidade Urbana: Sargento Moisés;
  • Esporte: Queiroz Neto.

Com isso, o PP e o Solidariedade, juntos, somam 17 cargos no alto escalão, enquanto os demais partidos da base ficaram praticamente excluídos das principais decisões.

Durante a campanha, Gentil Neto teria prometido ampla participação de todos os partidos aliados, assegurando visibilidade e espaço político para cada sigla no alto escalão de sua gestão. No entanto, a realidade mostra uma concentração de poder que gerou críticas ferozes dos líderes partidários.

"Ele prometeu que ninguém ficaria de fora, mas está fazendo o oposto. Gentil Neto está repetindo os erros de seu tio, priorizando interesses pessoais e de um pequeno grupo de aliados", afirmou um presidente de partido que preferiu não se identificar.

Frustrados, os líderes de partidos excluídos estão se mobilizando. Esta semana, presidentes do União Brasil, PV, PT e PCdoB já realizaram reuniões para debater o cenário e avaliar estratégias de reação. Nos próximos dias, outros partidos, como PSB, PDT, DC e PMB, também se reunirão para discutir o tratamento recebido e a possibilidade de adoção de medidas coletivas.

Os descontentes acusam Gentil Neto de não abrir espaço para diálogo e de tomar decisões unilaterais, sem ouvir a base que o elegeu. O questionamento que ecoa entre os aliados é claro:

  • Gentil Neto cumprirá suas promessas de campanha ou manterá o favoritismo ao PP e ao Solidariedade?
  • Como manterá sua base unida diante de tamanha insatisfação?

A crise interna no grupo situacionista evidencia uma fragilidade precoce na articulação política de Gentil Neto. A concentração de poder em dois partidos e a exclusão de outros aliados podem levar a uma fragmentação da base, tornando a governabilidade mais difícil em um cenário já conturbado.

Gentil Neto terá de agir rápido para contornar a crise, demonstrar liderança e reafirmar compromissos com seus aliados. Caso contrário, o descontentamento pode escalar, ameaçando a estabilidade de sua gestão e sua capacidade de executar as políticas prometidas.

Enquanto a pressão aumenta, os olhos estão voltados para os próximos passos do prefeito eleito: Gentil Neto encontrará uma solução para pacificar sua base ou enfrentará as consequências de suas escolhas?

Fonte: Portal MA365

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