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Abuso de poder político

Autopromoção com Dinheiro Público: Família Gentil Transforma Jogos Escolares de Caxias em Palanque Político

A apropriação simbólica dos eventos públicos em Caxias não é um episódio isolado. Trata-se de uma estratégia reincidente do grupo Gentil

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Painel com a foto do prefeito de Caxias

CAXIAS/MA, O que deveria ser uma celebração do esporte, da juventude e da educação pública se transformou, mais uma vez, em vitrine política de um grupo que insiste em confundir gestão pública com promoção pessoal. Durante a 46ª edição dos Jogos Escolares Caxienses (JECS 2025), evento que mobiliza mais de 60 escolas da rede municipal, a população caxiense foi confrontada com o uso ostensivo da máquina pública para alimentar a imagem do clã que comanda a cidade: a família Gentil.

No principal ginásio esportivo do município, o Ginásio João Castelo, a cena é clara e incômoda: banners, painéis, faixas e elementos visuais contendo o nome, slogan e, em alguns casos, até fotos vinculadas ao grupo político que há anos ocupa a Prefeitura de Caxias. Tudo isso em um espaço público, em um evento público, com recursos públicos.


A prática, além de antiética, fere frontalmente a Constituição Federal. O artigo 37, §1º, estabelece que a publicidade de atos e programas governamentais deve ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, vedando explicitamente a inserção de nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.

Mais grave ainda: essa vedação é permanente, aplicando-se independentemente de ser ou não ano eleitoral. Ou seja, a presença de referências explícitas ao grupo político da família Gentil nos materiais dos JECS constitui violação direta à legalidade e ao princípio da impessoalidade na administração pública.

A apropriação simbólica dos eventos públicos em Caxias não é um episódio isolado. Trata-se de uma estratégia reincidente do grupo Gentil, que faz da estrutura do Estado um prolongamento de sua atuação política. Em vez de manter a neutralidade exigida por lei, o poder público local atua como uma espécie de comitê de campanha permanente, em prejuízo da democracia e do equilíbrio eleitoral.

Enquanto jovens atletas competem por medalhas, seus nomes e conquistas são eclipsados pela imagem dos mesmos de sempre. O protagonismo dos estudantes, professores e escolas caxienses é reduzido a pano de fundo de um projeto político que se mantém à base de autopromoção e controle da narrativa institucional.

Enquanto isso, cresce o sentimento de indignação entre setores da sociedade caxiense. Educadores, pais de alunos e representantes civis questionam: até quando o esporte, a cultura e a educação seguirão reféns da propaganda política?

A resposta pode estar no despertar da consciência popular e na atuação firme das instituições de controle. Porque não há democracia plena quando o Estado é instrumentalizado para servir aos interesses de um grupo, e não da coletividade.

Assista o vídeo:


Fonte: Portal MA365

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