
Uma pesquisa inovadora da Universidade da Califórnia em San Diego (UCSD) conseguiu prolongar a vida útil de células de levedura em 82%, abrindo novas perspectivas para o estudo do envelhecimento e da longevidade. O estudo, que começou em 2020, identificou duas rotas distintas de envelhecimento celular nas leveduras: uma ligada à perda de estabilidade do DNA e outra envolvendo alterações celulares ainda sob investigação.
Os pesquisadores utilizaram um circuito genético sintético para manipular o processo de envelhecimento, reprogramando as células e equilibrando as duas rotas degenerativas. Este circuito permite uma distribuição mais eficiente dos recursos celulares, minimizando os efeitos negativos de ambas as vias de envelhecimento.
O professor Haim Cohen, em seu estudo com a proteína SIRT6, destaca a importância da reparação do DNA e da regulação da inflamação para a longevidade e a saúde celular.
"Antes da descoberta dos antibióticos, as principais causas de morte eram infecções, que representavam 70% das mortes. Com os antibióticos, as infecções continuam a ser uma causa significativa, mas agora estão mais associadas à idade. Isso muda a perspectiva sobre a longevidade e a forma como as doenças relacionadas à idade impactam a população." afirma Cohen.
A pesquisa da UCSD se diferencia ao focar na extensão da vida útil das células sem comprometer suas funções básicas. O circuito genético sintético controla dinamicamente o processo de envelhecimento, oferecendo um modelo promissor para futuras aplicações em organismos mais complexos, incluindo humanos.
O objetivo final é aplicar esse modelo em humanos, retardando o envelhecimento e promovendo uma vida mais longa e saudável. Os resultados obtidos com leveduras representam um avanço significativo nessa direção.
*Reportagem produzida com auxílio de IA