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Eleições FAMEM

Roberto Costa é eleito presidente da FAMEM e Caxias amarga ausência de prestígio político

Caxias, uma cidade que já brilhou nos livros de história e foi reconhecida por sua grandeza em diversos cenários, hoje enfrenta uma realidade desoladora

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Roberto Costa eleito presidente da FAMEM

Caxias, uma cidade que já brilhou nos livros de história e foi reconhecida por sua grandeza em diversos cenários, hoje enfrenta uma realidade desoladora. Conhecida como o "Berço dos Poetas" e referência nacional no cultivo de arroz, cana-de-açúcar e algodão, Caxias outrora era um marco de desenvolvimento e influência política no Maranhão. No entanto, a cidade vive atualmente um contraste doloroso, figurando entre as manchetes por sua violência – sendo a 37ª cidade mais violenta do Brasil e a mais violenta do Maranhão.

A recente eleição da nova diretoria da Federação dos Municípios do Maranhão (FAMEM) é mais uma prova da decadência política de Caxias. Roberto Costa (MDB) foi eleito presidente em chapa única, mas o que chama atenção é a composição da diretoria. Pequenos municípios como Presidente Médici, com apenas 4.696 habitantes, e Sucupira do Riachão, com 4.985 habitantes – ambos menores que muitos bairros de Caxias – figuraram na chapa, assumindo os cargos de Diretor de Educação e Diretor de Segurança, respectivamente.

Além disso, os principais cargos ficaram com lideranças de outros municípios. O cargo de 1º vice-presidente foi ocupado por Dr. Júnior (PP), prefeito de Peritoró, o de 2ª vice-presidente por Samria Moreira (PDT), prefeita de Santa Quitéria, enquanto a função de Secretária-Geral ficou com Roberta Barreto (MDB), prefeita de Axixá.


Enquanto essas cidades ganham protagonismo, Caxias, com seus mais de 170 mil habitantes e um passado de glórias políticas e culturais, participou apenas como eleitora, sem qualquer destaque na nova composição. Isso evidencia a perda de relevância política de um município que já foi berço de grandes lideranças e um dos pilares do Maranhão.

A ausência de Caxias na diretoria da FAMEM é simbólica. Mostra o quanto a cidade, que já foi sinônimo de progresso, se encontra à margem das decisões que moldam o futuro do estado. A decadência de representação política reflete também a falta de articulação e força dos líderes locais, que parecem incapazes de resgatar o papel de protagonismo que Caxias teve no passado.

Hoje, a cidade que antes era motivo de orgulho para seus habitantes carrega o triste título de "cidade do já teve". Enquanto municípios menores ganham espaço, Caxias permanece presa a um ciclo de violência, abandono e desarticulação política.

A pergunta que fica é: até quando Caxias seguirá amargando as páginas das notícias tristes, sem retomar o lugar de destaque que um dia ocupou com tanto mérito?

Fonte: Portal MA365

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